segunda-feira, 31 de agosto de 2015

velhas guardas s.c.rio tinto: Facebook e página Veteranos S C Rio Tinto

Caros veteranos, é com profunda tristeza que vejo eliminarem anos de memoria dos veteranos.

É facil apagar dados referentes a outras épocas, dificil é fazer melhor.

Inácio (ex-veterano rio tinto)

quinta-feira, 4 de março de 2010

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quase um ano....

Está quase a fazer um ano que não escrevi nada neste blog, mas muita coisa se passou e vou retomar os textos e fotos e muita novidade...... Esperem

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

o furo herteziano..............




Contratei uma pequena empresa para fazer o furo para ter água, pois ali não existia água canalizada, o dono da empresa perguntou-me se sabia onde queria o furo, eu só lhe disse que queria água, então ele pegou num pau em V, foi apontando para a terra e ele disse que era um sitio com muita água e que portanto poderia escolher o sitio mais adquado, posto isto acordamos o preço ao metro e lá se firmou tudo com aperto de mão, e passados uns dias a máquina começou a furar a rocha, aos 35 metros ja tinha água com caudal suficiente para ter água em casa e poder regar o terreno mas para que fosse vantajoso para a empresa e para mim também furaram até aos 80 metros.
Passado mais 2 anos foi instalado a bomba para tirar a água mais o deposito e está pronto a funcionar, não tem havido falta de água ao contrario de alguns dos meus vizinhos que têm que ir á fonte com o regador.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A reconstrução.......







A reconstrução começou rapidamente pois a vontade de ficar a dormir lá já era enorme, poder levantar de manha ouvir os passarinhos, era o meu sonho, vai daí começei a fazer os meus planos da casa, o que devia ser mantido e o que deveria ser demolido.
Foi fácil a estrutura da casa ia manter-se pois as paredes com a pedra solta todas negras do musgo entranhado, dos longos anos da construção, foi das coisas mais bonitas que me fascinaram e também uma das promessas que eu fiz ao sr. Júlio quando fizemos o negócio de compra e venda, não iria lavar as pedras e manteria tudo como estava em termos de exterior, a armação do telhado estava boa e por isso só foi preciso colocar a telha, quem esteve a trabalhar no telhado foi o sr. José, sr. Júlio e a d. Maria, eu como sempre calha-me ter que ser o moço da obra, já me esquecia o sr. Nuno também ajudou a tirar as telhas.
Foi uma experiência muito agradável e enriquecedora pois não tinha a minima noção de como se estruturava a colocação das telhas foi um dia exaustivo para se chegar ao final do dia com o telhado colocado.Fez-se a ampliação da corte do porco e passou a ser o quarto de banho mais uns arrumos, como as fotos mostram. O forno que existia dentro de casa foi demolido pois estava bastante danificado, e também para o tipo de comodidade interior não seria o melhor pois iria fazer muito fumo dentro. havia também um patamar a meia altura da casa onde foi criado um quarto e que tive que demolir para ter um espaço interior mais desafogado.Aproveitou-se também para fazer uma mini-cave pois a que existia iria tirar espaço a cozinha e sala.
Começou-se aos poucos a fazer uma lage no chão para nivelar tudo e de um momento para o outro estavam paredes levantadas e a ganhar vida, o entusiasmo era mais que evidente pois o dinheiro que poderia canalizar para a obra era pouco e portanto as obras iam crescendo devagar, mas a ficar como queria.
Consegui ao fim de um ano de muitas idas a Cerdeira sozinho, pois a Graça achava que não deveria gastar dinheiro lá, mas a minha persistência e teimosia deu frutos quando a convidei para ir ver como estava a obra, e deparou-se com a casa que se transformou em cozinha e sala num espaço atraente com comodidade e conforto, até eu fiquei mais contente ainda quando vi que a Graça gostou.

sábado, 13 de setembro de 2008

A plantação.....



Uma das coisas que ocorreu apartir do dia que compramos esta (quintinha), foi começar a limpar o mato, não é que fosse preciso catana para desbravar o terreno mas estava tudo a monte, sujo e também uma das coisas que notei é que era um pouco sitio de colocação de lixo, como por exemplo medicamentos, laminas de barbear, etc etc.
Com o passar do tempo começei por plantar arvores que era o mais importante neste espaço pois era necessário criar sombra, pois o tempo é rigoroso nestas paragens, de inverno é frio, não, estou a ser bonzinho é mesmo frio, e de verão é mesmo quente, que bom o frio, sair à noite e apanhar com aragem fresca em alguns casos mesmo gelado.
Começei por plantar limoeiro, pessegueiro, que viria a morrer passados uns 2 anos,2 cerejeiras, macieira, não podia deixar de ser, romazeira, ameixoeira.
O sr. Júlio deu-nos dois arbustos para colocar na frente da casa, que batizamos com os nomes de Ana e Mariana, em homenagem aos dois rebentos da família.
Com o passar do tempo fomos fazendo como ritual ir ao sábado ou domingo visitas a aldeia para se ir fazendo limpezas, e ao mesmo tempo ia nascendo em mim a vontade de ir levantando muros para definir e delimitar o espaço para que fosse privado e mesmo os animais não entrassem.
A primeira aventura foi deitar abaixo um muro que existia, não sei se puderei chamar muro pois era mais um amontoado de pedras colocadas umas em cima das outras a parecer que vão cair, e foi o que fiz deitei tudo abaixo e toca de levantar pouco a pouco fui fazendo o muro com pedras e cimento para depois colocar a rede, aquilo que posso dizer é que fui eu que fiz com a minha boa vontade a dar cabo do fisico, no final fiquei satisfeito pois não dei por mal empregue o tempo que demorou, há ja me esquecia a Graça ajudou a chumbar os ferros no muro, ehehhehehh, mas em contrapartida fez o almoço, sem comida não á trabalho.
No meio destas construções amadoras feitas por mim, fomos conhecendo pessoas da aldeia, e aí acho que fomos bem recebidos por todos, criamos uma amizade muito grande com a D. Elvira nossa vizinha mais próxima, reformada que trabalha no campo e que controla todos os nossos passos e ao mesmo tempo vai vigiando quando não estamos presentes, mais acima temos o sr. Nuno e a esposa D. Maria com a filha Adelina, pessoas humildes que vivem do trabalho da construção civil e ela da reforma pois é muito doente e a filha que anda na escola. O sr. Júlio ja falei mas não quero deixar de falar também na D. Maria esposa que também é uma pessoa muito simpática que sabe fazer uns bolinhos de bacalhau divinais de subir paredes, hum que bom, têm 2 filhos a Emilia que esta casada com o Avelino homem de trabalho é electricista e picheleiro, depois o outro filho o Zé que esta no Luxemburgo a trabalhar.
Acima moram duas pessoas do melhor que há em termos de amizade simplicidade, honestidade, adorei conhece-los, são o sr. José e a D. Delmira, ele um homem de aspecto duro com 1,90 a pesar talvêz uns 125 kg com umas mãos cuidado, onde deita a mão é tudo dele, e depois a esposa o contraste pessoa muito simples até simples de mais, cansada do trabalho duro do campo sempre muito dinamica ou não fosse ela uma mulher com 1,4o franzina mas com uma vida, ou está a dar de comer ás galinhas ou aos coelhos ou a cortar erva, até chego a pontos de pensar que só poderia ser uma atleta de fundo, que resistência,viveram em França emigrantes desde 1960, foi de assalto para lá e foi viver para Lyon onde esteve 26 anos.
Não me poderia esquecer da mercearia que serve também de café, D. Maria e o sr Joaquim, aos domingos quando lá vamos tomar café estão 4 amigos a deliciarem-se no jogo de cartas já que é o único dia que têm para descansar e falarem dos problemas da água, dos animais, das culturas etc, etc. e nós uma familia da cidade que caiu ali de paraquedas novos nesta forma de conviver felizes da vida a tomar café descontraidos sem pensar no stress da cidade ou se tenho que entregar trabalhos , ou se a Graça têm alunos que lhe dão problemas, não se passa nada mesmo nada.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Era uma vez..........





Quase todas as histórias começam por, era uma vez, e esta também não foge à regra porque foi num fim de semana de inverno por alturas do Natal de 1998, em que estivemos em casa da D. Teresinha mãe da nossa amiga Fátima. Aproveito esta oportunidade para homenagear esta senhora que já faleceu mas que nunca a deixaremos esquecer pois a simpatia dela era muita e deixava-nos felizes de sermos amigos dela. Não poderei também esquecer que comi lá em casa dela uma carne assada, no forno a lenha, de chorar por mais e bolos, hum que bom. Voltemos então a nossa compra da pequenina quintinha, pois toda a gente que tem uma casinha na aldeia ou nos montes alentejanos e porque está na moda, têm quintas, a minha é só uma (quintinha).
Fomos visitar a aldeia onde a Fátima costumava passar férias a cerca de 5 km da aldeia de Vilar, onde têm a casa.
A aldeia chama-se Cerdeira, estivemos lá na casa dos tios da Fátima pessoas emigrantes em França, casa simples, mas começei desde logo a gostar daquela pequena aldeia de muito silêncio e pouca gente, ouvia-se as galinhas vacas etc.
Depois de nos ter visto chegar um senhor na casa dos muitos e muitos anos que se apresentou como sendo de seu nome Abilio, perguntou se estavamos ali por causa de ver uma casa lá no fundo do lugar, ao que eu lhe disse todo entusiasmado se nos poderia dizer onde era, e o sr. Abilio tratou de nos levar a ver a dita casa ou sei la mais o que, pessoa simpatica e comunicadora bem disposta lá contou que a dita casa era pertença de um senhor lavrador que talvez estivesse para nos mostrar, cada passo que dava mais vontade tinha de ver o que era a surpresa.
Quando la chegamos vi um conjunto de casas uma estava toda desmoronada soube que era a antiga capela da aldeia que estava desactivada à cerca de quarenta anos, e que tinha entretanto sido transformada em aido(corte) para os animais. Tinha mais 2 casas em muito bom estado por fora e algum terreno na parte trazeira, caminhos todos sinuosos que não se conseguia chegar com o carro, somente carro de bois ou jeep, mas fiquei encantado, maravilhado, apaixonado.
Eis que chegou o dono das casas, era o senhor Júlio homem dos seus 45 anos , de estatura baixa sorridente, simpatico, e acompanhado da filha que se chama Emília, com uns olhos azuis àgua, lá falamos, fomos ver as casas mais em pormenor, e cada segundo que passava me estava apaixonar por aquele bocado de terra a sentir que era mesmo aquilo que queria, o interior da casa onde era a cozinha e quarto era tudo preto, a estrutura do telhado estava toda preta pois faziam o fumeiro e cozinhavam em potes de 3 pes, tinha também forno para cozer o pão. Na outra casa ja mais limpa interior onde o sr. Júlio viveu uns anos com 2 quartos, e por baixo da casa aido dos animais.Nas trazeiras tinha terreno com arvores de fruto, e onde plantavam as batatas, couves etc.
Após a visita foi altura de saber quanto poderia custar a pequena quintinha,ele disse mas tinha uma condicionante, é que havia uma pessoa que estava interessada em comprar, ai esmoreci, mas no mesmo segundo pensei logo que lhe poderia oferecer mais, para ficar dono daquele espaço.
O sr. Júlio, calmo disse-me eu dei a minha palavra que esperava até ao final do dia se o interessado não responder até as 8 da noite então o sr. pode ficar com estas casas, palavra de honra, apertei a mão ao sr. e fiquei apartir desse momento a contar todos os segundos até ao final do dia. Por volta das 6 da tarde fomos para o Porto ou melhor Gondomar, e por volta das 8 mais minuto menos minuto liguei para o sr. Júlio foi ele que me atendeu e disse-me logo que se estava mesmo interessado seria eu o dono, admirei a palavra de um homem que não conhecia mas ficou e ficará sempre na minha amizade, não só ele como a esposa e filhos.
O problema maior era outro compra-se mas o dinheiro onde está,lá vasculhei nos bolsos e debaixo dos movéis e como combinado apareci na quinta feira seguinte para lhe levar um cheque para sinalizar a compra não fosse aparecer um interessado, mas negociar com o sr. Júlio homem de palavra e de principios, humilde, amigo, selamos a compra com vinho do porto e bolachas e vim feliz da vida por ter conseguido aumentar o património da minha família e encontrar um espaço para eu poder descansar e integrar-me num ambiente rural que sempre gostei.