sábado, 13 de setembro de 2008

A plantação.....



Uma das coisas que ocorreu apartir do dia que compramos esta (quintinha), foi começar a limpar o mato, não é que fosse preciso catana para desbravar o terreno mas estava tudo a monte, sujo e também uma das coisas que notei é que era um pouco sitio de colocação de lixo, como por exemplo medicamentos, laminas de barbear, etc etc.
Com o passar do tempo começei por plantar arvores que era o mais importante neste espaço pois era necessário criar sombra, pois o tempo é rigoroso nestas paragens, de inverno é frio, não, estou a ser bonzinho é mesmo frio, e de verão é mesmo quente, que bom o frio, sair à noite e apanhar com aragem fresca em alguns casos mesmo gelado.
Começei por plantar limoeiro, pessegueiro, que viria a morrer passados uns 2 anos,2 cerejeiras, macieira, não podia deixar de ser, romazeira, ameixoeira.
O sr. Júlio deu-nos dois arbustos para colocar na frente da casa, que batizamos com os nomes de Ana e Mariana, em homenagem aos dois rebentos da família.
Com o passar do tempo fomos fazendo como ritual ir ao sábado ou domingo visitas a aldeia para se ir fazendo limpezas, e ao mesmo tempo ia nascendo em mim a vontade de ir levantando muros para definir e delimitar o espaço para que fosse privado e mesmo os animais não entrassem.
A primeira aventura foi deitar abaixo um muro que existia, não sei se puderei chamar muro pois era mais um amontoado de pedras colocadas umas em cima das outras a parecer que vão cair, e foi o que fiz deitei tudo abaixo e toca de levantar pouco a pouco fui fazendo o muro com pedras e cimento para depois colocar a rede, aquilo que posso dizer é que fui eu que fiz com a minha boa vontade a dar cabo do fisico, no final fiquei satisfeito pois não dei por mal empregue o tempo que demorou, há ja me esquecia a Graça ajudou a chumbar os ferros no muro, ehehhehehh, mas em contrapartida fez o almoço, sem comida não á trabalho.
No meio destas construções amadoras feitas por mim, fomos conhecendo pessoas da aldeia, e aí acho que fomos bem recebidos por todos, criamos uma amizade muito grande com a D. Elvira nossa vizinha mais próxima, reformada que trabalha no campo e que controla todos os nossos passos e ao mesmo tempo vai vigiando quando não estamos presentes, mais acima temos o sr. Nuno e a esposa D. Maria com a filha Adelina, pessoas humildes que vivem do trabalho da construção civil e ela da reforma pois é muito doente e a filha que anda na escola. O sr. Júlio ja falei mas não quero deixar de falar também na D. Maria esposa que também é uma pessoa muito simpática que sabe fazer uns bolinhos de bacalhau divinais de subir paredes, hum que bom, têm 2 filhos a Emilia que esta casada com o Avelino homem de trabalho é electricista e picheleiro, depois o outro filho o Zé que esta no Luxemburgo a trabalhar.
Acima moram duas pessoas do melhor que há em termos de amizade simplicidade, honestidade, adorei conhece-los, são o sr. José e a D. Delmira, ele um homem de aspecto duro com 1,90 a pesar talvêz uns 125 kg com umas mãos cuidado, onde deita a mão é tudo dele, e depois a esposa o contraste pessoa muito simples até simples de mais, cansada do trabalho duro do campo sempre muito dinamica ou não fosse ela uma mulher com 1,4o franzina mas com uma vida, ou está a dar de comer ás galinhas ou aos coelhos ou a cortar erva, até chego a pontos de pensar que só poderia ser uma atleta de fundo, que resistência,viveram em França emigrantes desde 1960, foi de assalto para lá e foi viver para Lyon onde esteve 26 anos.
Não me poderia esquecer da mercearia que serve também de café, D. Maria e o sr Joaquim, aos domingos quando lá vamos tomar café estão 4 amigos a deliciarem-se no jogo de cartas já que é o único dia que têm para descansar e falarem dos problemas da água, dos animais, das culturas etc, etc. e nós uma familia da cidade que caiu ali de paraquedas novos nesta forma de conviver felizes da vida a tomar café descontraidos sem pensar no stress da cidade ou se tenho que entregar trabalhos , ou se a Graça têm alunos que lhe dão problemas, não se passa nada mesmo nada.