quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Era uma vez..........
Quase todas as histórias começam por, era uma vez, e esta também não foge à regra porque foi num fim de semana de inverno por alturas do Natal de 1998, em que estivemos em casa da D. Teresinha mãe da nossa amiga Fátima. Aproveito esta oportunidade para homenagear esta senhora que já faleceu mas que nunca a deixaremos esquecer pois a simpatia dela era muita e deixava-nos felizes de sermos amigos dela. Não poderei também esquecer que comi lá em casa dela uma carne assada, no forno a lenha, de chorar por mais e bolos, hum que bom. Voltemos então a nossa compra da pequenina quintinha, pois toda a gente que tem uma casinha na aldeia ou nos montes alentejanos e porque está na moda, têm quintas, a minha é só uma (quintinha).
Fomos visitar a aldeia onde a Fátima costumava passar férias a cerca de 5 km da aldeia de Vilar, onde têm a casa.
A aldeia chama-se Cerdeira, estivemos lá na casa dos tios da Fátima pessoas emigrantes em França, casa simples, mas começei desde logo a gostar daquela pequena aldeia de muito silêncio e pouca gente, ouvia-se as galinhas vacas etc.
Depois de nos ter visto chegar um senhor na casa dos muitos e muitos anos que se apresentou como sendo de seu nome Abilio, perguntou se estavamos ali por causa de ver uma casa lá no fundo do lugar, ao que eu lhe disse todo entusiasmado se nos poderia dizer onde era, e o sr. Abilio tratou de nos levar a ver a dita casa ou sei la mais o que, pessoa simpatica e comunicadora bem disposta lá contou que a dita casa era pertença de um senhor lavrador que talvez estivesse para nos mostrar, cada passo que dava mais vontade tinha de ver o que era a surpresa.
Quando la chegamos vi um conjunto de casas uma estava toda desmoronada soube que era a antiga capela da aldeia que estava desactivada à cerca de quarenta anos, e que tinha entretanto sido transformada em aido(corte) para os animais. Tinha mais 2 casas em muito bom estado por fora e algum terreno na parte trazeira, caminhos todos sinuosos que não se conseguia chegar com o carro, somente carro de bois ou jeep, mas fiquei encantado, maravilhado, apaixonado.
Eis que chegou o dono das casas, era o senhor Júlio homem dos seus 45 anos , de estatura baixa sorridente, simpatico, e acompanhado da filha que se chama Emília, com uns olhos azuis àgua, lá falamos, fomos ver as casas mais em pormenor, e cada segundo que passava me estava apaixonar por aquele bocado de terra a sentir que era mesmo aquilo que queria, o interior da casa onde era a cozinha e quarto era tudo preto, a estrutura do telhado estava toda preta pois faziam o fumeiro e cozinhavam em potes de 3 pes, tinha também forno para cozer o pão. Na outra casa ja mais limpa interior onde o sr. Júlio viveu uns anos com 2 quartos, e por baixo da casa aido dos animais.Nas trazeiras tinha terreno com arvores de fruto, e onde plantavam as batatas, couves etc.
Após a visita foi altura de saber quanto poderia custar a pequena quintinha,ele disse mas tinha uma condicionante, é que havia uma pessoa que estava interessada em comprar, ai esmoreci, mas no mesmo segundo pensei logo que lhe poderia oferecer mais, para ficar dono daquele espaço.
O sr. Júlio, calmo disse-me eu dei a minha palavra que esperava até ao final do dia se o interessado não responder até as 8 da noite então o sr. pode ficar com estas casas, palavra de honra, apertei a mão ao sr. e fiquei apartir desse momento a contar todos os segundos até ao final do dia. Por volta das 6 da tarde fomos para o Porto ou melhor Gondomar, e por volta das 8 mais minuto menos minuto liguei para o sr. Júlio foi ele que me atendeu e disse-me logo que se estava mesmo interessado seria eu o dono, admirei a palavra de um homem que não conhecia mas ficou e ficará sempre na minha amizade, não só ele como a esposa e filhos.
O problema maior era outro compra-se mas o dinheiro onde está,lá vasculhei nos bolsos e debaixo dos movéis e como combinado apareci na quinta feira seguinte para lhe levar um cheque para sinalizar a compra não fosse aparecer um interessado, mas negociar com o sr. Júlio homem de palavra e de principios, humilde, amigo, selamos a compra com vinho do porto e bolachas e vim feliz da vida por ter conseguido aumentar o património da minha família e encontrar um espaço para eu poder descansar e integrar-me num ambiente rural que sempre gostei.
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1 comentário:
Espero estar ao vosso lado num futuro proximo,dar continuidade à nossa familia e fazer crescer um pouco ,não muito, esse lugar , onde me sinto tambem muito bem.
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